Talita Rocha

Talita Rocha nasceu em Mauá/SP e atualmente reside em Belo Horizonte/MG. Seus interesses em artes visuais iniciaram em 2006, através de um curso livre de história da arte oferecido no Museu Barão de Mauá. Forma-se em letras pela Universidade de São Paulo, USP, onde aprofundou seus interesses em artes visuais devido a uma maior afeição por literatura brasileira, latino-americana, teoria e crítica literária e suas relações com artes visuais. Ampliou seus interesses através de uma bolsa-monitoria no Programa Saber e Ensinar Arte Contemporânea, em 2011, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC-USP, e participação como arte-educadora na 30º Bienal de Artes de São Paulo, em 2012.

Na mesma época, começou a fazer graffiti e iniciou sua produção artística com a criação do projeto chamado “Madame Nagô”, no qual procurava entender e investigar o universo da cultura afro-brasileira presente em suas origens. Participou do coletivo de graffiiti anarco-punk “Comunidade Viva”, com o intuito de promover encontros de graffiti no Jardim Zaira, Mauá. O coletivo construiu um ateliê, que abria o espaço para as criações de artistas da região, além de estudos sobre política e ações sociais.

Além do Graffiti, tem profunda relação construída com o universo da cerâmica por meio de inúmeras viagens feitas à região do Vale do Jequitinhonha/MG. O interesse pela região se iniciou pela investigação sobre a origem dos seus pais, nascidos na cidade de Medina/MG, ocasionando uma pesquisa sobre sua ancestralidade. Participa de oficinas e conversas com os artistas locais, dentre eles Lira Marques, Marcinho de Araçuaí e Mestra Zefa. Dá continuidade a esse tema como aluna-especial na disciplina de “Cerâmica Latino-Americana: tradição, transformação e contemporaneidade do programa” de Pós-Graduação em Artes Visuais (strictu-sensu) da UNESP, ministrada pela Profª Drª Lalada Dalglish, especialista na arte da região, em 2017.

No mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual chamada “Retratos da Ausência/Trajetos de Ancestralidade” no Museu Barão de Mauá, Mauá/SP, na qual expôs grande parte dos seus trabalhos, com o intuito de apresentar uma parcela da sua pesquisa artística sobre suas origens. Integrou algumas exposições coletivas, como a 1° Mostra de Arte Urbana na Pinacoteca Municipal de Mauá, Mostra Coletiva no Museu do Jaçanã, “Diálogos e Transgressões” no Sesc Santo Amaro, Indisposições da Imagem e do Corpo, Galeria UNESP. Estudou desenho, ilustração e pintura na escola Quanta Academia de Artes.

Atuou como educadora patrimonial em 2009, no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, MAE-USP, e de 2016 até 2018 no Museu da Cidade de São Paulo. Em tais locais desenvolvi mediações, como produção de oficinas e materiais educativos, relacionando à história de São Paulo, formações e etc.  Atualmente desenvolve um projeto de Mestrado em artes, pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado de Minas Gerais, UEMG, debatendo temas como direito à memória, apagamento, miscigenação racial no Brasil e seus processos artísticos.